A mídia social é, coletivamente e em escala global, um dos serviços mais usados na Internet. Seu uso generalizado, embora às vezes controverso, permitiu que milhões de pessoas encontrassem comunidades e mantivessem contato com amigos e familiares, permitiu que milhares de empresas se conectassem com clientes em potencial e possibilitou o fluxo rápido e maciço das informações. No Brasil, elas continuam sendo a atividade de Internet mais popular entre os consumidores.
De acordo com o YouGov Profiles, 49,4% da população geral no Brasil afirma acessar sites ou aplicativos de redes sociais pelo menos uma vez por semana. Esse é o maior percentual entre as atividades on-line listadas pela plataforma, acima do consumo de mídia (46,5%) e da busca por conteúdo humorístico. O número é interessante, considerando que cada vez menos pessoas estão aumentando o uso dessas ferramentas: Em 2023, apenas 51,6% da população disse usar mais as redes sociais agora do que há um ano; em 2022, 58,75% afirmou o mesmo e, em 2020, a porcentagem foi de 61,9%.
É claro que nem todas as pessoas usam as mesmas plataformas. De modo geral, as mulheres parecem mais propensas a terem contas em sites em que a imagem e o vídeo tendem a ser mais importantes (como Pinterest, Instagram, Snapchat e TikTok), enquanto os homens brasileiros são mais propensos a possuírem contas no Twitter, Reddit e aplicativos de namoro. Na divisão por idade, os adultos mais jovens tendem a gravitar em torno de plataformas mais novas, enquanto as gerações mais velhas preferem sites que existem há mais tempo, especialmente o Facebook.
Embora muitas redes sociais hoje tenham características muito semelhantes entre si, as pessoas no país ainda usam cada plataforma de maneiras específicas. Por exemplo, 48,7% da população nacional no Brasil diz que utiliza o Facebook para manter contato com amigos. Uma porcentagem semelhante, levemente menor, usa a plataforma para manter contato com familiares. Quatro em cada 10 pessoas no país também dizem que usam a plataforma para se manterem atualizados sobre as notícias.
No Instagram, o principal motivo de uso também é voltado a manter contato com amigos (43,9% da população nacional), embora uma grande porcentagem o utilize para acompanhar o que suas celebridades favoritas estão fazendo. O Instagram também é popular entre os brasileiros como uma ferramenta para seguir líderes do setor. A principal atração do YouTube é o acesso a conteúdo divertido ou de entretenimento (37,6%), seguido por acompanhar as notícias.
Sobre o restante das redes sociais analisadas, a grande maioria da população nacional não é usuária das plataformas. No TikTok, no Pinterest e no Snapchat, assim como no YouTube, o que os usuários mais buscam (17,5%, 6,7% e 2,6% de toda a população do Brasil, respectivamente) é desfrutar de conteúdo divertido e de entretenimento, enquanto no Twitter o principal interesse é acompanhar as notícias (17,9%). No LinkedIn, o principal motivo de uso é encontrar ou candidatar-se a empregos (20,7%).
De modo geral, e de acordo com o Profiles, a maioria dos consumidores do país (63,8%) gasta, em média, cerca de 1 hora ou menos por dia navegando nas redes sociais. A quantidade de tempo que cada brasileiro passa nessas plataformas, é claro, varia muito de acordo com a idade. Por exemplo, os jovens de 18 a 24 anos têm uma probabilidade substancialmente maior de passarem mais de 4 horas por dia nas redes sociais (14,9%) do que os adultos com mais de 55 anos (9,9%). Mas essas diferenças também podem ser observadas entre redes sociais diferentes.
Por exemplo, o YouTube é a plataforma em que o uso diário intensivo é mais comum entre todas as plataformas analisadas: 10% dos brasileiros entrevistados que têm uma conta no site dizem que o usam mais de quatro horas por dia, em média. Um pouco mais atrás está o Instagram, onde 8,4% dos entrevistados que são membros da plataforma afirmam usá-la mais de quatro horas por dia, na média. Em comparação, apenas 4% dos usuários brasileiros do LinkedIn (a plataforma com o uso mais ocasional entre os pesquisados) passam mais de 4 horas por dia, em média, no seu site ou aplicativo.
No entanto, é importante mencionar que, em todos os casos, a grande maioria dos entrevistados no Brasil mencionou que gasta menos de uma hora por dia navegando em todas as redes sociais. Mesmo no YouTube, 65,4% das pessoas cadastradas no site verificam seu conteúdo por menos de 60 minutos em média, diariamente. Isso sugere que, independentemente da idade, o consumo de conteúdo nesses sites continua sendo, na sua maioria, casual.
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Foto por Kathrin Ziegler
YouGov Profiles é baseado em dados coletados continuamente e pesquisas contínuas, em vez de um único questionário limitado. Os dados de perfis para o Brasil são nacionalmente representativos e ponderados por idade, gênero e região. Saiba mais sobre o Profiles.