Com as chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, mais brasileiros estão pensando em fazer um seguro?
30 de maio de 2024, Alejandro R. Chavez

Com as chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, mais brasileiros estão pensando em fazer um seguro?

No fim de semana de 27 e 28 de abril viu-se o início de uma das tempestades mais destrutivas a atingir o Rio Grande do Sul nos últimos anos. Um mês após as primeiras chuvas fortes, as autoridades continuam a emitir alertas aos cidadãos. Essa catástrofe, de acordo com a YouGov BrandIndex, parece ter feito com que muitos consumidores no Brasil ficassem mais interessados em contratar serviços financeiros, potencialmente um seguro, com os principais provedores de proteção no país.

De modo geral, os principais provedores de cobertura financeira no país ganharam 2,2 pontos em seu índice de Consideração entre 27 de abril e 16 de maio (os últimos dados disponíveis). Isso reflete quantas pessoas estariam dispostas a adicionar uma marca à sua próxima decisão de compra. A Caixa Econômica Federal e o Santander, individualmente, mostram os maiores aumentos entre as marcas analisadas, com uma clara tendência de crescimento desde o final de abril.

Medo das mudanças climáticas e demanda por seguros

Dados da YouGov Profiles sugerem que esse aumento do interesse em empresas financeiras que oferecem serviços de proteção contra desastres após as chuvas no Rio Grande do Sul é natural. Os brasileiros que estão mais preocupados com a ameaça das mudanças climáticas têm maior probabilidade de reconhecer a importância de um seguro. Em 19 de maio, 62,4% da população disse que a mudança climática é a maior ameaça à humanidade.

Em comparação com os brasileiros que descartam o risco das mudanças climáticas, esses consumidores são muito mais propensos a dizer que é importante ter um seguro para tudo. Por outro lado, os brasileiros que reconhecem o perigo das mudanças climáticas são menos propensos a acreditar que a proteção oferecida por essas coberturas financeiras é apenas para quem não tem sorte.

Mas as diferenças não são apenas entre os brasileiros que temem mudanças climática e aqueles que preferem ignorá-las. Os dados da Profiles também sugerem que, atualmente, o público em geral não tem contratado seguros com a mesma frequência que os consumidores que estão atentos a desastres como o que atingiu o Rio Grande do Sul.

Em 19 de maio, apenas 14,6% da população em geral tinha seguro residencial. Em contraste, entre os brasileiros que temem as mudanças climáticas, a porcentagem é estatisticamente maior, 16%.

Além disso, apenas 14,3% dos brasileiros em geral têm um seguro para outros bens (o que poderia incluir proteção para outros bens que poderiam ser perdidos em uma enchente). Em comparação, esse número é de 15,4% entre os brasileiros que têm medo de desastres climáticos. Esses dados sugerem que, à medida que mais brasileiros se conscientizarem do risco representado pelo aumento das temperaturas globais, mais consumidores no país também estarão preparados para se recuperar de tais catástrofes no futuro.

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Foto por Pedro H. Tesch/Getty Images

Metodologia

YouGov BrandIndex coleta dados sobre milhares de marcas todos os dias. A pontuação do Consideração das instituições financeiras é baseada na pergunta: "Se você está pensando em usar uma dessas marcas, qual das seguintes marcas você consideraría?" e entregue como um percentual. As pontuações são baseadas em uma média de amostra diária de 183 adultos no Brasil entre 17 de abril e 16 de maio de 2024. Os números baseiam-se numa média móvel de quatro dias. Saiba mais sobre BrandIndex.

YouGov Profiles é baseado em dados coletados continuamente e pesquisas contínuas, em vez de um único questionário limitado. Os dados de perfis para o Brasil são nacionalmente representativos e ponderados por idade, gênero e região. Saiba mais sobre o Profiles.