Dia Mundial da Saúde 2024: Brasil está entre os países que mais relatam nunca ter fumado
O dia 7 de abril marca o Dia Mundial da Saúde, uma data que comemora a fundação da própria Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948 e busca promover o bem-estar das pessoas em todo o mundo. No Brasil, especificamente, a saúde é um tema recorrente nas conversas: embora menos pessoas estejam cuidando de seu bem-estar mental, há uma grande aceitação da medicina alternativa e a COVID-19 mudou a forma como muitos brasileiros interagem com o setor médico. Mas há outro aspecto em que o Brasil se destaca internacionalmente: sua relação com os cigarros.
Especificamente, de acordo com a YouGov Global Profiles, o país está entre os mercados onde mais pessoas afirmam nunca ter fumado na vida. Em 19 de janeiro, 65,1% da população do Brasil disse nunca ter fumado um cigarro. Essa é a 11ª maior porcentagem entre os 48 mercados analisados pela plataforma, atrás apenas de países como Marrocos, Índia e China.
Essa aversão ao fumo pode ser resultado do maior interesse dos brasileiros pela saúde em geral, em comparação com o consumidor global. Ainda nos dados da Global Profiles, 40,4% dos entrevistados no Brasil afirmam que saúde e medicina são um de seus interesses gerais (ou seja, eles parariam, por exemplo, para ler um artigo sobre esse tema em uma revista). A porcentagem é estatisticamente maior do que os 34,1% registrados para todos os consumidores analisados pela plataforma internacionalmente.
Os brasileiros também diferem de outros mercados internacionais na frequência com que tendem a comprar determinados produtos de higiene. Por exemplo, é muito mais provável que o público do país tenha comprado desodorante ou antitranspirante nos últimos 12 meses (65%) do que o consumidor global (41,4%). Por outro lado, o tipo de produto que os brasileiros compram menos do que os consumidores globais são os produtos de limpeza facial, como removedores de maquiagem (30,3% vs. 39%).
Quais são os brasileiros que mais cuidam de sua saúde?
Alguns brasileiros também têm uma ideia muito clara de quanta atenção e esforço dedicam ao seu bem-estar físico, mesmo que não esteja no nível ideal. De acordo com os dados da YouGov Profiles, em 24 de março, 52,5% dos consumidores disseram que não cuidam de sua saúde tanto quanto deveriam. A porcentagem é estatisticamente maior entre as mulheres e os adultos entre 45 e 54 anos, sugerindo que esses grupos de brasileiros são os que menos se preocupam em garantir seu bem-estar.
No caso das mulheres, entretanto, o fato de elas pensarem estatisticamente com mais frequência que não cuidam suficientemente de sua saúde pode ser resultado dos altos padrões que elas estabelecem para si mesmas. De acordo com os dados da Profiles, as mulheres brasileiras também são mais propensas do que os homens a dizer que aspiram ser saudáveis e estar em forma (62,3% vs. 59%, respectivamente) e a dizer que fazem o possível para promover um estilo de vida saudável (63,1% vs. 59,2%).
E não são apenas as mulheres brasileiras que são julgadas com mais severidade em relação ao quanto cuidam (ou não) de sua saúde. Esse fenômeno também parece existir com base no fato de os consumidores terem uma doença ou condição. De acordo com a Profiles, 49,6% da população adulta no Brasil relata ter uma aflição diagnosticada. Entre as mais comuns estão pressão alta (13%), depressão (10%), colesterol alto (9%), asma (7,3%) e diabetes (5,9%).
Os 50,4% restantes da população pesquisada afirmaram não ter nenhuma doença diagnosticada ou se recusaram a responder. Entre os que afirmaram sofrer de uma aflição detectada por um médico, 55,4% deles dizem que não cuidam de sua saúde tanto quanto deveriam. A porcentagem também é estatisticamente maior do que os 52,5% registrados nacionalmente. Isso pode sugerir que os brasileiros doentes, justamente por terem uma doença diagnosticada, acreditam que não cuidaram bem de sua saúde.
Mas, ao mesmo tempo, também é estatisticamente mais provável, em comparação com a porcentagem nacional, que esses brasileiros doentes neguem que não cuidam suficientemente de sua saúde (26% vs. 25,2%, respectivamente). Os dados acima parecem pintar um quadro em que uma boa parte dos brasileiros está se esforçando muito quando se trata de cuidar de seu bem-estar físico, enquanto uma pequena parte sabe que está dando o melhor de si, mesmo apesar de suas doenças.
Explore nossos dados vivos – e gratuitamente.
Para receber mais informações e análises de saúde e farmacêutico todos os meses, registre-se aqui.
Para ler os últimos artigos da YouGov para o setor médico e farmacêutico, explore o website aqui.
Tome decisões de negócios mais inteligentes com melhores sistemas de análise de mercado. Descubra exatamente o que seu público está pensando com a ajuda de nosso painel de mais de 26 milhões de membros. Contate-nos.
Foto por FG Trade
Metodologia
YouGov Global Profiles é um banco de dados consistente globalmente com mais de 1.000 perguntas em 48 mercados. As informações são baseadas na coleta contínua de dados entre adultos maiores de 16 anos na China e maiores de 18 anos em outros mercados. Os tamanhos de amostra para YouGov Global Profiles flutuam ao longo do tempo, mas o tamanho mínimo de cada amostra é sempre de cerca de 1.000. Os dados para cada mercado usam amostras nacionalmente representativas fora da Índia e dos Emirados Árabes Unidos, que usam amostras representativas da população urbana, e China, Egito, Hong Kong, Indonésia, Malásia, Marrocos, Filipinas, África do Sul, Taiwan, Tailândia, e Vietnã, que usam amostras representativas da população online. Saiba mais sobre Global Profiles.
YouGov Profiles é baseado em dados coletados continuamente e pesquisas contínuas, em vez de um único questionário limitado. Os dados de perfis para o Brasil são nacionalmente representativos e ponderados por idade, gênero e região. Saiba mais sobre o Profiles.