19 de dezembro de 2023, Alejandro R. Chavez
Os brasileiros são bastante conscientes de que geralmente não prestam muita atenção ao seu bem-estar físico. Segundo o YouGov Global Profiles, mais da metade dos consumidores do país (52,5% da população) afirma que não cuida de sua saúde como deveria. Isso é estatisticamente mais alto do que a média global de 43,1%. Nesse contexto, para o bem-estar de longo prazo da população, é fundamental entender profundamente seus hábitos de saúde. Incluindo, é claro, os mais curiosos e incomuns.
O que acham os brasileiros que comem melhor?
Em dados do YouGov Profiles, 55,7% dos consumidores no Brasil acreditam que se alimentam de forma saudável. Essa certeza também é acompanhada por uma série de crenças que os diferenciam dos brasileiros que não acreditam que se alimentam da maneira mais adequada. Por exemplo, é mais difícil para eles beber para ficar bêbado, comer por tédio em vez de fome ou comer alimentos saborosos que sabem que os deixarão doentes.
Também é mais provável que prefiram comida vegana ou vegetariana, que comam várias vezes ao dia ou que gostem de experimentar novos alimentos. Curiosamente, eles gostariam de parar de pensar em comida quase com a mesma frequência que aqueles que aceitam que não estão se alimentando adequadamente.
Brasileiros menos saudáveis, os que mais confiam nos médicos especialistas
Uma melhor assistência médica não significa necessariamente maior confiança nos médicos e em outros profissionais de saúde. De fato, os brasileiros que dizem que não cuidam de seu bem-estar tão bem quanto deveriam são estatisticamente mais propensos a dizer que confiam em seus médicos para orientar suas decisões de saúde. Por outro lado, os brasileiros mais saudáveis são mais propensos a serem hipocondríacos e a dizer que os hospitais os deixam nervosos.
Quanto mais velho você fica, mais divertido é escovar os seus dentes
Seis em cada 10 consumidores no Brasil afirmam que escovar os dentes pode ser divertido. Entretanto, os adultos com mais de 45 anos de idade são estatisticamente mais propensos a concordar com isso, mais de 63% das vezes. As mulheres também são mais propensas a dizer que escovar os dentes pode ser divertido. Por outro lado, os brasileiros mais jovens e os homens são mais relutantes em gostar dessa atividade.
Quais brasileiros querem se exercitar mais?
Em média, 70% dos consumidores do país afirmam que gostariam de se exercitar mais. No entanto, esse desejo tende a variar em intensidade, dependendo de quanto exercício os brasileiros já estão fazendo. Os menos interessados em aumentar sua atividade física são aqueles que não se exercitam ou que o fazem muito ocasionalmente. Por outro lado, 75,4% dos que se exercitam de uma a três vezes por semana gostariam de fazer mais pelo seu físico.
Brasileiros perdem interesse pelas doenças mentais
Desde 2020, cada vez menos brasileiros dizem que se preocupam muito. No entanto, o número de consumidores que dizem que é importante falar sobre saúde mental tem caído constantemente. Ao mesmo tempo, há cada vez mais indivíduos no país que consideram que essas condições não são doenças reais. Isso, mesmo quando muitos acreditam que os estigmas em torno do assunto estão desaparecendo e mais brasileiros admitem deixar que outras pessoas passem por cima deles.
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Foto por Guido Mieth
Metodologia
YouGov Profiles é baseado em dados coletados continuamente e pesquisas contínuas, em vez de um único questionário limitado. Os dados de perfis para o Brasil são nacionalmente representativos e ponderados por idade, gênero e região. Saiba mais sobre o Profiles.
YouGov Global Profiles é um banco de dados consistente globalmente com mais de 1.000 perguntas em 48 mercados. As informações são baseadas na coleta contínua de dados entre adultos maiores de 16 anos na China e maiores de 18 anos em outros mercados. Os tamanhos de amostra para YouGov Global Profiles flutuam ao longo do tempo, mas o tamanho mínimo de cada amostra é sempre de cerca de 1.000. Os dados para cada mercado usam amostras nacionalmente representativas fora da Índia e dos Emirados Árabes Unidos, que usam amostras representativas da população urbana, e China, Egito, Hong Kong, Indonésia, Malásia, Marrocos, Filipinas, África do Sul, Taiwan, Tailândia, e Vietnã, que usam amostras representativas da população online. Saiba mais sobre Global Profiles.