Os brasileiros estão entre os consumidores que menos conhecem sobre casas inteligentes no mundo
Comparado com o resto do mundo, o Brasil está significativamente atrasado na adoção de casas inteligentes. De acordo com os dados do YouGov Global Profiles, até 19 de janeiro deste ano, 30,1% dos consumidores no país afirmavam não estar familiarizados com o termo "aparelhos domésticos inteligentes". Isso representa o segundo percentual mais alto entre todos os mercados internacionais analisados pela plataforma, ficando apenas atrás do 34,8% registrado na Eslováquia.
Isso se reflete diretamente na adoção de dispositivos para casas inteligentes. Segundo dados do YouGov Profiles, atualmente, 43,1% da população no país não possui nenhum aparelho desse tipo em suas casas. Vários fatores parecem estar diretamente relacionados à adoção da automação residencial, incluindo idade, gênero, se as pessoas moram sozinhas ou não, o tamanho das empresas em que trabalham, onde residem e, é claro, seu nível de renda.
Quais dispositivos têm os brasileiros que sabem sobre casas inteligentes?
Até 28 de janeiro, de acordo com o Profiles, um pouco mais de um terço dos consumidores no país (36,8%) afirmava ter conhecimento sobre a tecnologia para casas inteligentes, mas admitia não saber muito sobre ela. Apenas cerca de um quarto dos brasileiros estudados pela plataforma (27%) se considera um especialista no assunto. O tipo de dispositivos inteligentes que cada um desses grupos possui tende a diferir ligeiramente.
De modo geral, os brasileiros que se consideram especialistas em casas inteligentes costumam ter com mais frequência quase todos os tipos de dispositivos, em comparação com aqueles que apenas têm conhecimento dessa tecnologia. No entanto, a diferença é substancialmente maior para alto-falantes inteligentes ativados por voz, câmeras, sensores e alarmes inteligentes, além de sistemas de iluminação inteligente.
Por que os brasileiros não estão mais interessados em casas inteligentes?
Em termos gerais, o Brasil é mais lento na adoção de certas tendências tecnológicas em comparação com países e regiões como os Estados Unidos e a Europa. No entanto, a escassa presença de dispositivos para casas inteligentes no país pode também estar relacionada a características específicas do mercado local. De fato, em muitos aspectos, a automação residencial deveria ser um pouco mais popular no Brasil do que é atualmente.
Comparados com a população em geral, os consumidores que ainda não possuem nenhum dispositivo para casas inteligentes mostram menos desconfiança na capacidade da tecnologia e não estão tão preocupados com questões de privacidade de dados. Ao mesmo tempo, parecem ser mais propensos a depreciar tecnologias "redundantes" e não consideram que outros dispositivos inteligentes realmente os ajudem a economizar tempo. Atender a essas percepções da população brasileira poderia, ao longo do tempo, levar a uma maior adoção da automação residencial em grande escala.
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Foto por Maskot
Metodologia
YouGov Global Profiles é um banco de dados consistente globalmente com mais de 1.000 perguntas em 48 mercados. As informações são baseadas na coleta contínua de dados entre adultos maiores de 16 anos na China e maiores de 18 anos em outros mercados. Os tamanhos de amostra para YouGov Global Profiles flutuam ao longo do tempo, mas o tamanho mínimo de cada amostra é sempre de cerca de 1.000. Os dados para cada mercado usam amostras nacionalmente representativas fora da Índia e dos Emirados Árabes Unidos, que usam amostras representativas da população urbana, e China, Egito, Hong Kong, Indonésia, Malásia, Marrocos, Filipinas, África do Sul, Taiwan, Tailândia, e Vietnã, que usam amostras representativas da população online. Saiba mais sobre Global Profiles.
YouGov Profiles é baseado em dados coletados continuamente e pesquisas contínuas, em vez de um único questionário limitado. Os dados de perfis para o Brasil são nacionalmente representativos e ponderados por idade, gênero e região. Saiba mais sobre o Profiles.