Brasil: Veja como os brasileiros dizem que cuidam da saúde
Atualização: O texto do primeiro parágrafo foi corrigido para ser consistente com os dados.
Em várias partes do mundo, a pandemia da COVID-19 motivou muitos consumidores a levar mais a sério os cuidados com a saúde. No Brasil, entretanto, uma parte significativa da população ainda acredita que não dá atenção suficiente ao seu bem-estar físico. Em dados do YouGov Global Profiles, 53% dos entrevistados no país concordam que não cuidam de sua saúde tanto quanto deveriam. Isso é estatisticamente alto em comparação com a média global (43,8%).
Essa percepção não é homogênea na população brasileira. Os consumidores com idade entre 45 e 54 anos, bem como aqueles com mais de 55 anos, são estatisticamente mais propensos a discordar totalmente da ideia de que não cuidam de sua saúde tão bem quanto deveriam. Isso sugere que esses segmentos da população tendem a estar mais convencidos de que fazem um bom trabalho ao cuidar de sua saúde. As mulheres também têm maior probabilidade de acreditar que não cuidam suficientemente de sua saúde.
Os brasileiros cuidam de sua saúde ou apenas pensam que cuidam de sua saúde?
Estar convencido de que se cuida da saúde e de fato cuidar do bem-estar físico são coisas diferentes. Em termos de alimentação, os brasileiros que acreditam que cuidam de sua saúde são estatisticamente mais propensos a ter alguns bons hábitos, em comparação com aqueles que concordam que não cuidam suficientemente de seu bem-estar físico. Por exemplo, eles se esforçam mais para comer frutas e verduras (78,3%, contra 72% dos que não cuidam bem de sua saúde), são mais abertos a carnes e laticínios à base de vegetais (37,1% contra 32,1%) e são mais propensos a contar as calorias que estão consumindo (25,1% contra 22,5%).
Mas as atitudes dos brasileiros que se consideram saudáveis em relação às consultas médicas e ao uso de medicamentos são mais inconsistentes. Por um lado, em comparação com as pessoas que dizem não cuidar suficientemente de seu bem-estar físico, elas tendem a prestar mais atenção aos médicos, não tomam pílulas e medicamentos sem receita com tanta frequência (uma prática identificada como problemática) e não abusam de suplementos alimentares. Ao mesmo tempo, não buscam a orientação de farmacêuticos ao comprar medicamentos de venda livre, nem têm o hábito de pesquisar tratamentos médicos de forma proativa.
Nesse contexto, um guia mais preciso para saber quais brasileiros cuidam melhor de sua saúde poderia ser o exercício físico, pois é uma atividade que requer engajamento e monitoramento ativos. De acordo com os dados da Global Profiles, apenas três em cada 10 pessoas no país se exercitam em todos ou na maioria dos dias da semana. Porém, entre os jovens de 18 a 24 anos, esse número sobe para um terço da população, estatisticamente mais do que a média nacional. Os homens também têm maior probabilidade de se exercitar na maioria ou em todos os dias da semana (32,7%).
Também vale a pena mencionar que, pela mesma lógica, os brasileiros provavelmente cuidam mais de sua saúde do que eles próprios admitem. Os 29,3% dos consumidores do país que se exercitam na maior parte ou durante toda a semana são estatisticamente mais altos do que a média global (apenas 27,1%). Na divisão regional, apenas o consumidor médio da Ásia e os entrevistados da África do Sul têm maior probabilidade de se exercitar na maior parte ou durante toda a semana, em comparação com os brasileiros (30% e 37,4% da população, respectivamente).
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Foto por Pixabay
Metodologia
YouGov Global Profiles é um banco de dados consistente globalmente com mais de 1.000 perguntas em 48 mercados. As informações são baseadas na coleta contínua de dados entre adultos maiores de 16 anos na China e maiores de 18 anos em outros mercados. Os tamanhos de amostra para YouGov Global Profiles flutuam ao longo do tempo, mas o tamanho mínimo de cada amostra é sempre de cerca de 1.000. Os dados para cada mercado usam amostras nacionalmente representativas fora da Índia e dos Emirados Árabes Unidos, que usam amostras representativas da população urbana, e China, Egito, Hong Kong, Indonésia, Malásia, Marrocos, Filipinas, África do Sul, Taiwan, Tailândia, e Vietnã, que usam amostras representativas da população online. Saiba mais sobre Global Profiles.